por Delmo
Fonseca
“Não
tentemos satisfazer a sede de liberdade bebendo
da
taça da amargura e do ódio”.
Martin
Luther King Jr.
Numa
escala de valores qual vida importa mais, a do idoso ou a da criança? A do chinês
ou a do brasileiro? A da mulher ou a do homem? A vida do branco ou a vida do
negro? A pergunta é retórica, eu sei, mas o objetivo é analisar criticamente a
mais recente instrumentalização da questão racial feita pelos progressistas a
partir de um ato criminoso. O que aconteceu em Minneapolis (EUA) é deplorável. George
Floyd, negro, foi imobilizado e asfixiado pelo joelho até a morte pelo policial
Derek Chauvin. Esse ato, que num primeiro momento causou grande revolta por
parte de todos aqueles que valorizam a vida e as leis, transformou-se numa onda
de quebra-quebra e barbárie por 75 cidades americanas, segundo levantamento do
jornal The New York Times. Diante da escalada de violência, Terrence
Floyd, irmão mais novo de George Floyd, pediu paz aos que protestavam: “Faça
isso de forma pacífica, por favor. Meu irmão se mudou de Houston para cá. Eu
sei que ele não gostaria que todos vocês estivessem fazendo isso. Isso não
trará meu irmão de volta. Minha família é pacífica. Minha família é temente a
Deus. E sim, estamos muito tristes”.
Em sã consciência
ninguém poderia aprovar um ato tão nefasto quanto o praticado pelo policial
Derek Chauvin, mas a reboque desse episódio outros atos nefastos passaram a ser
cometidos à guisa de combate ao racismo. Grupos como Antifa e BLM (Black Lives
Matters) assumiram o protagonismo dos protestos e partir daí deu-se início a um
show de horrores. O movimento Black Lives Matter ("Vidas Negras Importam”) foi fundado por
três ativistas negras, em 2013, com o intuito de protestar contra a absolvição
de George Zimmerman, um vigilante de bairro, acusado de assassinar um jovem
negro de 17 anos de idade. O movimento vem se fortalecendo a cada ano até
culminar no que estamos testemunhando por meio da imprensa profissional e as
redes sociais. Em nome do combate ao racismo de um lado e ao fascismo de outro,
o que se vê são revolucionários do BLM e Antifa deixando um rastro de
destruição por onde passam. A mídia mainstream tem tratado esses
revolucionários como libertadores e democratas, numa clara demonstração de
distopia e canalhice em seu mais alto grau. Nos Estados Unidos há relatos de
muitas comunidades negras apavoradas e perplexas, pois comércios e casas dos
próprios negros foram arrasados. Se vidas negras importam por que essas
comunidades não foram poupadas?
Não
bastasse isso, por meio de uma grande campanha orquestrada por órgãos internacionais,
clubes de futebol, celebridades, mídia e políticos oportunistas, uma cortina de
fumaça com o lema do movimento “Black Lives Matter” ("Vidas Negras
Importam") busca atenuar o terror que se espalha pelo mundo. Vidas
importam, essa é a verdade, mas na escala de valores do politicamente correto,
vale mais aquela que no momento servir ao propósito da instrumentalização dos
progressistas de plantão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário