por Delmo
Fonseca
“As redes sociais são uma
ameaça à liberdade” - George Soros
No
campo das palavras é preciso separar o joio do trigo. Nesse sentido, meias verdades são mentiras
inteiras. E por que devemos desconfiar da fala de muitos políticos e
intelectuais, principalmente os progressistas? Por causa das meias verdades. A conjuntura
política do mundo, em particular do Brasil, evidencia o caráter dos que desejam
a ordem em contraposição aos que torcem pelo caos. Saber que há milhares de
pessoas desassistidas por governadores e prefeitos que buscam um número maior
de mortos apenas para receber mais verbas públicas é intolerável. Estes usam a
meia verdade para dizer que o objetivo é “salvar vidas”. Será que os milhões de
desempregados terão suas vidas salvas por estes homens? Caso a resposta seja positiva,
por que insistem em abrir tantas covas e retardar o uso da cloroquina? E por
que a imprensa profissional se cala diante dessas evidências?
Para
os mais atentos não é novidade o fato de que há uma guerra de narrativas em
curso. De um lado, muita desinformação e alarmismo por parte da grande mídia;
de outro, as vozes das redes sociais empenhadas em combater as meias verdades.
Como o jogo é pesado e o ‘mecanismo’ é totalitário, qualquer voz discordante
tende a ser calada. À semelhança do que está sendo proposto em países como
Espanha, México e Argentina, o mecanismo progressista também se prepara para restringir
o uso das redes sociais no Brasil. O que temem tais progressistas? A verdade
dos fatos sobre as meias verdades das narrativas. O megainvestidor George Soros, por exemplo,
se valeu desse estratagema para dizer que “as redes sociais são uma ameaça à
liberdade”. Nesse diapasão, a deputada federal Tabata Amaral (PDT-SP), divulgou
em seu Twitter: “Junto com outros deputados e o apoio de pesquisadores e
sociedade civil, apresentamos um projeto para barrar as fakes news no Brasil. O
WhatsApp é uma das principais ferramentas de compartilhamento de informações
falsas e não pode ficar de fora!”. Por que somente políticos progressistas se
preocupam tanto com as redes sociais? A resposta é que a liberdade de expressão
ameaça qualquer projeto totalitário e hegemônico.
E sobre as ‘fake news’? Um conceito que deveria significar apenas notícias ou
informações falsas, também passou a significar narrativas falsas. A definição
se deslocou do campo da objetividade (fatos) para o da subjetividade (ficção). Nesse
caso, aplica-se a pergunta de Groucho Marx: “Afinal, você vai acreditar em mim
ou nos seus próprios olhos?”. O ‘mecanismo’ decidiu que não podemos comunicar o
que os nossos olhos veem. Com o intuito
de vigiar e punir pensamentos discordantes, Legislativo e Judiciário criaram
CPMI e inquérito inconstitucional das ‘fake news’. A quem destina esses
inquéritos? Aos que discordam das narrativas da imprensa profissional e das meias
verdades dos políticos progressistas. Como Hannah Arendt escreveu em seu livro
de 1951, Origens do totalitarismo: “O súdito ideal do governo
totalitário não é o nazista convicto nem o comunista convicto, mas aquele para
quem já não existe a diferença entre o fato e a ficção (isto é, a realidade da
experiência) e a diferença entre o verdadeiro e o falso (isto é, os critérios
do pensamento)”.
Em suma,
o mecanismo quer que reproduzamos apenas o que a imprensa profissional diz, e mais... trancados em casa.
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