por Delmo
Fonseca
"Temos
que destruir o governo Bolsonaro" – Marcelo Freixo
“Renuncie
antes de ser renunciado” - FHC
Defenestrar
Jair Bolsonaro do Palácio do Planalto na próxima eleição presidencial não faz
parte do plano político de seus adversários. O establishment tem pressa,
quer destituí-lo do cargo o quanto antes. Se a estratégia já fora traçada, a
qual consiste na retomada do poder central a qualquer custo, basta definir a melhor
tática. O que foi tentado até agora se mostrou inócuo, pois os apoiadores do
presidente rechaçaram, seja nas ruas ou nas redes sociais. Parte do Congresso
tentou um “parlamentarismo branco” e não conseguiu; tentou-se sabotar a reforma
da Previdência, mas sem efeito; até a entrada em campo do ativismo judicial. Para
tal, a Suprema Corte fora acionada a fim
de dar cabo ao plano. A partir daí, tendo como pretexto a pandemia do Covid-19,
as atribuições constitucionais do presidente Bolsonaro foram esvaziadas e
concomitantemente transferidas para os governadores e prefeitos.
Somado
a isso, um cerco fora realizado em torno dos apoiadores do presidente da
República, de modo que muitos foram presos sem o amplo direito de defesa, como
é o caso de dois manifestantes paulistas que há quinze dias se encontram num
presídio e seus advogados sequer tiveram acesso aos autos do processo. No Rio
de Janeiro, por exemplo, a multa para quem descumprir a medida de restrição
imposta pela justiça estadual é de 50 mil reais. E não para por aí: inúmeros perfis
conservadores foram bloqueados nas redes sociais sob o pretexto de estarem
disseminando fake news. Ao mesmo tempo, um inquérito inconstitucional do
Supremo enquadra criminalmente todo aquele que se manifesta de forma crítica
nas redes, além de engrossar a CPMI do Congresso. A passos largos vários parlamentares
estão a formular projetos de leis que criminalizam a liberdade de expressão, de
modo que esquerdistas e progressistas possam tudo e conservadores, nada.
Portanto,
o que se percebe é que há várias táticas sendo executadas ao mesmo tempo com o
propósito de que alguma, em dado momento, funcione. O plano de defenestrar o
presidente Bolsonaro já fora traçado, o que resta é saber se este está disposto
a fazer valer o que diz o parágrafo único do art. 1º da Carta Magna: “Todo o
poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou
diretamente, nos termos desta Constituição”. E onde está o povo? Em prisão
domiciliar.
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