A nau de oportunistas não se importa que o Brasil naufrague, contanto que o poder volte para suas mãos.
por Delmo
Fonseca
Em tempos de quarentena, vale revisitar a história e aportar em Veneza nos idos de 1660. Aliás, atribui-se a esta cidade italiana o uso do termo “quarantina”, advindo do latim “quadraginta” (quarenta), em virtude do período de dias em que se mantinha um barco suspeito de transportar portadores de moléstias infecciosas em isolamento. Passados trezentos e sessenta anos, como resultado de uma mistura de populismo e oportunismo irresponsável, vê-se o efeito nefasto de a Itália adotar tardiamente uma quarentena contra o novo vírus chinês. Até o presente momento (19/03/20), segundo balanço das autoridades italianas divulgado pela agência Reuters, a Itália registra 3.405 mortes. Na China o total de vítimas é de 3.245.
Em tempos de quarentena, vale revisitar a história e aportar em Veneza nos idos de 1660. Aliás, atribui-se a esta cidade italiana o uso do termo “quarantina”, advindo do latim “quadraginta” (quarenta), em virtude do período de dias em que se mantinha um barco suspeito de transportar portadores de moléstias infecciosas em isolamento. Passados trezentos e sessenta anos, como resultado de uma mistura de populismo e oportunismo irresponsável, vê-se o efeito nefasto de a Itália adotar tardiamente uma quarentena contra o novo vírus chinês. Até o presente momento (19/03/20), segundo balanço das autoridades italianas divulgado pela agência Reuters, a Itália registra 3.405 mortes. Na China o total de vítimas é de 3.245.
NEGÓCIO DA CHINA
Muito se discute se o vírus chinês é uma arma
biológica - propositalmente criada em laboratório-, ou mais uma moléstia que
fugiu do controle sanitário das autoridades locais a ponto de ter se tornado
uma pandemia. O certo é que o mundo virou de ponta-cabeça, de modo que todos
foram afetados em suas rotinas. Bares, escolas, transportes, cinemas, igrejas,
bancos, supermercados e repartições públicas... nada escapou ao toque da
quarentena. Ao mesmo tempo a China vai muito bem, obrigado. Isso nos faz
lembrar da falácia em torno do ideograma “weiji”, que significa “crise”, sendo
uma junção dos caracteres “perigo” e “oportunidade”. Enquanto as bolsas de
valores apresentam quedas, os chineses compram ações em baixa de grandes empresas
e desenvolvem vacinas para serem vendidas aos países infectados, o que também
pode ser chamado de “negócio da China”.
NAU DOS OPOSTUNISTAS
Se por um lado a crise gera oportunidades,
por outro gera oportunistas. Por estas plagas testemunhamos a sinergia negativa
entre a grande mídia e a velha casta política, pois veem na pandemia a
oportunidade para transformar o país em pandemônio. Para isso difundem desinformações
de maneira orquestrada e semeiam o pânico. Se, porventura, uma voz se levanta e
acusa o golpe como uma tentativa de criar uma histeria coletiva, todo o establishment
se alvoroça. A nau de oportunistas não se importa que o Brasil naufrague,
contanto que o poder volte para suas mãos.
O QUE FAZER NA QUARENTENA
O período é de crise e ninguém pode negar,
mas como os conservadores podem tornar esse momento oportuno para a
consolidação de seus projetos? Conta a lenda que os
romanos tinham um deus chamado Portunus. O seu nome vinha
de portus,
“passagem”, relacionado com “porta”, o ponto de passagem para um aposento. Portus,
“porto”, ficou como a passagem da via aquática para uma cidade. De ob-, “para,
em direção a”, e Portunus se
fez opportunus,
“o que empurra para o porto”, ou seja, “vento favorável”. Tendo em vista a
próxima eleição, que tal os conservadores, desde já, aproveitarem a quarentena
como um vento favorável para incentivar o governo Bolsonaro a enfrentar os
chantagistas e oportunistas da extrema-imprensa e do Congresso? É preciso que
todos se conscientizem que o comunismo chinês, à semelhança de um vírus, é
mutante e se adapta às condições de seu novo hospedeiro. E no Brasil não falta
quem esteja disposto a espalhar essa moléstia que ao longo da história já matou
mais do que todas as pestes.
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