por Delmo Fonseca
A frase “O Brasil não é para principiantes”, de Antonio Carlos
Jobim, sintetiza a complexidade de um país que se compraz em arrastar
correntes. Essa paixão pelo negativo se expressa na atividade político-partidária,
campo de forças antagônicas, que no caso brasileiro evidencia o quanto somos reféns
de um ‘establishment’ perverso.
Num país onde as instituições se mostram aparelhadas por progressistas,
desde a creche da esquina à Suprema Corte, não é de se espantar a existência de
uma bancada de parlamentares, que a pretexto de representarem os evangélicos,
engrossam as fileiras dos que pretendem inviabilizar as ações do Governo Federal.
A questão é que os parlamentares evangélicos não são
principiantes e, por esta razão, reforçam o time de sabotadores das ações que o
governo pretende implementar. A sabotagem é arquitetada por parlamentares
esquerdistas em conluio com deputados partidários do “toma-lá-dá-ca”, o famigerado
Centrão. O que eles querem? “Tudo como dantes no quartel de Abrantes”. Assim, o
estado tende a permanecer alimentando partidos políticos, sindicatos, ONGs, fundações,
associações de classe, bancos e empresas amigas, artistas engajados, militantes e todos os
apaniguados. Para tal é preciso manter sob rígido controle os pagadores de
impostos.
Não bastasse tudo isso, o que mais impressiona é o fato de
que o núcleo do Centrão é formado pela
bancada evangélica[1],
senão vejamos: PRB (19), PR (7); DEM, PP, PSDB e PSD (5 cada); PSC (4); Podemos
e MDB (3 cada); SD (2), além das legendas PMN, PRP, Patriota, Avante, PTC, Pros,
PHS e PTB, com 1 cada. Afinal, que
contribuição efetiva esta bancada tem dado à nação? O que os nobres
parlamentares eleitos pelos evangélicos pensam a respeito da reforma
administrativa que reduziu o número de ministérios e centenas de cargos
comissionados, transferiu o COAF para o Ministério da Justiça, fortaleceu a
Lava-Jato, propôs a redução do tamanho do estado, a implementação de uma agenda
econômica liberal, a começar pela reforma da previdência e, posteriormente, uma
reforma tributária?
O que se pode concluir é que se esses deputados se unissem
em torno de pautas propositivas que visam o bem de toda a sociedade e não
apenas o de um segmento como o “pacote anticrime”, por exemplo, o Centrão não teria
força para sabotar o Governo Federal. Por outro lado, a sociedade veria que uma
bancada que se apoia na defesa dos valores cristãos seria a primeira a demonstrar
de maneira inequívoca que busca o melhor para o país. Que Deus nos livre desse
mal.
Nenhum comentário:
Postar um comentário